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Coaracy Junior e Juliana Dutra

Organizações são formadas por pessoas e o que rege essas interações são relações sociais. São dinâmicas influenciadas pela singularidade de cada pessoa que sistematicamente compõe o espaço social onde ocorrem as ações que criam o valor de negócio para o ecossistema organizacional, representado seguir no modelo de gestão evolucionário da ABO Academy

A natureza dos negócios está em constante evolução, e à medida que o cenário empresarial se transforma, a necessidade de adaptação se torna cada vez mais premente para acompanhar essas mudanças constantes. Com isso, percebemos que precisávamos de um novo modelo de construção de nossas equipes. A evolução de nossa cultura direcionada para a alocação de pessoas em serviços operacionais, começou a incorporar uma consciência de atuação mais focada em aumentar os resultados de negócio, desenvolvendo novas habilidades para agregar mais valor do negócio não somente ao cliente, mas a todas as partes interessadas no ecossistema organizacional.

Muitas organizações têm abordado a gestão e desenvolvimento de pessoas de maneira simplista, considerando os funcionários como peças intercambiáveis em um quebra-cabeça, tendo um olhar focado simplesmente na sua função operacional. Ao começarmos a entender mais sobre os objetivos estratégicos de nossos clientes e definirmos qual o nosso resultado de negócio desejado, começamos a estruturar as equipes não só procurando profissionais pelas suas hard skills técnicas, mas por sua capacidade de soft skill para negócios, uma forma de interagir com o trabalho além de somente realizar as entregas, avaliando os resultados gerados com nossas atividades. 

Para evoluir, as organizações precisam reconhecer que seus profissionais são estratégicos, impulsionando o sucesso da organização na forma de pensar e entender as equipes, onde cada pessoa é incentivada a ser um agente de mudança e inovação, não apenas como um executor de tarefas. Para isso percebemos que precisávamos desenvolver as equipes e clientes para essa nova relação de atividades entregues e resultados gerados.

Encorajar atos de lideranças

Os profissionais devem ser encorajados a se envolverem com os objetivos de negócio de nossos clientes e da nossa organização. É um olhar complexo, o qual normalmente equipes terceirizadas não têm em sua cultura, percebendo e compreendendo como seu trabalho contribui diretamente para o valor do negócio. Isso significa criar uma cultura que promova a compreensão e a comunicação eficaz dos objetivos de ambas organizações e que permita que todos se sintam parte integrante da busca por esses objetivos.

Trabalhamos na evolução de nossas práticas ajustadas ao nosso contexto. Ao começarmos a entender o que é resultado de negócio para os clientes e para nós, começamos a trabalhar em um modelo de team building para além dos aspectos técnicos necessários para as atividades, adicionando o entendimento mais sistêmico do que precisamos atingir de resultado nos clientes com nossas entregas. Uma prática que nos ajudou muito foi utilizar o conceito de STATIK adaptado ao nosso contexto sem perder a sua essência de criar uma visão sistêmica da nossa dinâmica de trabalho direcionado a eficácia dos resultados de negócio nossos e dos clientes. 

Ao darmos maior importância nos aspectos  estratégicos de nossas entregas, desenvolvemos o uso da agilidade para além do operacional, utilizando-a como meio para atingir o valor do negócio. Não ficamos mais presos a “dogmas agilistas”, uma situação a qual estávamos presos ao iniciar nossas mudanças. 

Como nossas equipes já estavam acostumados a usar frameworks ágeis e o conceito parecia claro e certo para todos, precisamos começar uma “desconstrução de conceitos e paradigmas” que nossa compreensão de agilidade para equipes impedia perceber, que agilidade precisa estar ligada ao negócio e que como diz Klaus Lepold no seu livro Repensando Agilidade:

“Business Agility não tem nada a ver com equipes ágeis”

As reuniões com o cliente passaram a ter como pautas a estratégia de resultado que precisávamos atingir e como as entregas estavam direcionadas para atingir os nossos objetivos. 

Progressivamente, respeitando a capacidade de adaptação das pessoas, saímos de cerimônias “ditas ágeis”, que em sua maioria estavam esvaziadas de conteúdo e sentido para encontros estratégicos mais dinâmicos. Começamos a atrelar nossa estrutura ágil de trabalho ao objetivo estratégico, levando em consideração a cultura e processos de nosso cliente, mudando de constante atritos entre as equipes para uma visão mais assertiva e empática de ambos os lados, deixando de ficar preocupados em “fazer ágil” para aplicar agilidade direcionado a gerar valor para negócio de ambas as empresas.

Planos de evolução das equipes 

Essa forma de trabalho trouxe mais eficácia e eficiência para o dia a dia, diminuindo a rotatividade das equipes, reclamações do cliente, percepção de valor agregado, entre outras vantagens. Para apoiar essa estruturação das equipes começamos a criar planos de desenvolvimento considerando:

  • Necessidades de negócio – Através do entendimento das necessidades dos clientes e da nossa organização identificamos as capacidades humanas que precisam ser desenvolvidas.
  • Desejos de evolução dos trabalhadores – Compreender como as pessoas pensam suas carreiras, incentivando o protagonismo no direcionamento do seu futuro.

Para viabilizar esses atos de liderança em todos níveis da organização, as definições dos planos de PDI (Plano de Desenvolvimento Individual) começaram a ser criados dentro de uma estrutura participativa combinando necessidades organizacionais e as pessoais dos trabalhadores para dessa forma conseguirmos o engajamento de todos para atingir resultado de negócio desejado.

Utilizamos KMM, STATIK, Gestão Participativa e Liderança Evolucionária para citarmos algumas práticas que adotamos, com o propósito da evolução do trabalho em equipe, amadurecimento no entendimento do negócio da nossa organização e do cliente e a  adoção da cultura de melhoria contínua. 

Os planos ao serem criados não foram baseados em uma simples lista de cursos, leituras ou outras formas de medição determinísticas de entregas. Adotamos  um modelo baseado em atingir os resultados de negócio aliado ao crescimento profissional das pessoas. Uma relação de ganho mútuo, onde os trabalhadores são valorizados e são parte do resultado gerado.

Essa mudança ajudou a um novo posicionamento de nossas equipes em sua relação com os clientes e com nossa organização. Não era mais times de outsourcing com foco no operacional, mas pessoas com foco no negócio, adaptando seus conhecimentos técnicos para o negócio do cliente e não o contrário. Atualmente, trabalhamos com pessoas que se tornaram consultores e que são extremamente estratégicos na montagem de propostas de trabalho, sua atuação junto ao cliente na solução de problemas e conflitos, deixando de estar centrada somente em construir produtos para uma de entregar soluções de negócio.

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